Homem tem o corpo e a vida destruídos por agrotóxicos Reprodução/Agência Pública Por Mariana Simões, da Agência Pública /Repórter Brasil - 16 de novembro de 2019 “Com o tempo ele foi deteriorando,” diz o médico clínico Dr. Roberto Lesacano, que atende no estado de Entre Rios, no nordeste da Argentina. “Foi uma coisa progressiva. Cada vez mais foi se deteriorando, até que chegou um momento em que ele não podia mais se mover.” Seu paciente era o camponês Fabián Amaranto Tomasi. Símbolo da luta contra os agrotóxicos na Argentina, Fabián faleceu em setembro do ano passado, aos 52 anos. Durante quase uma década, Fabián trabalhou para a Molina & Cia. SRL, uma empresa de pulverização aérea que tem uma base em Basabilbaso, um vilarejo em Entre Rios com menos de 10 mil habitantes onde o camponês nasceu e foi criado. Fabián trabalhava na fumigação de plantações de arroz e soja com agrotóxicos como endosulfan, 2,4-D, clorpirifos e glifosato. Entre as tarefas, ele organi