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Agências humanitárias alertam que Gaza está à beira de crise de suprimentos


Muitas partes de Gaza estão em ruínas após os ataques aéreos
UN News/Ziad Taleb
 
Muitas partes de Gaza estão em ruínas após os ataques aéreos
12 Outubro 2023Paz e segurança

Número de deslocados internos no território palestino aumenta a cada dia; ONU 

abriga 218 mil pessoas e fornece alimentos para mais de 175 mil; bloqueio da área 

afeta fornecimento de comida e crise hídrica pode agravar ainda mais a situação;

especialistas da ONU condenam “crimes de guerra” de ambas as partes do conflito. 

Subiu para 218 mil o total de deslocados internos abrigados em 92 escolas da Agência da ONU

para Refugiados Palestinos, Unrwa, em todas as áreas da Faixa de Gaza.

Segundo agências humanitárias da ONU, a região está à beira de ficar sem alimentos, água, 

eletricidade e suprimentos essenciais. No momento, nenhuma ajuda do exterior pode passar 

para os 2,3 milhões de residentes do local.

Efeitos do bloqueio à Gaza

Uma crise hídrica está prestes a afetar os abrigos de emergência da Unrwa e em toda a Faixa

de Gaza devido à infraestrutura danificada, à falta de eletricidade necessária para operar 

bombas e usinas de dessalinização e ao fornecimento limitado de água no mercado local. 

Segundo a agência, o bloqueio total na Faixa de Gaza pelas autoridades israelenses resultou

na interrupção do abastecimento de combustível e água. 

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, em parceria com a Unrwa, já distribuiu comida para

175 mil dos 340 mil palestinos deslocados após o início dos bombardeios na Faixa de Gaza.

A agência sublinhou que suas reservas de ajuda alimentar estão acabando e apelou por acesso

urgente para a entrada de ajuda humanitária.

O pão é distribuído numa escola em Gaza que é um abrigo designado em tempos de emergência
PMA/Ali Jadallah
 
O pão é distribuído numa escola em Gaza que é um abrigo designado em tempos de emergência

Especialistas condenam crimes do Hamas e

ataques contra palestinos

Em nota separada, especialistas independentes da ONU* condenaram “a violência direcionada

 e mortal dirigida a civis em Israel e os ataques violentos e indiscriminados contra civis 

palestinos em Gaza”.

O grupo também disse que o reforço do bloqueio “ilegal” no território palestino “terá impactos

devastadores sobre toda a população civil”. 

Os especialistas condenaram “veementemente os crimes horríveis cometidos pelo Hamas, o 

assassinato deliberado e generalizado e a tomada de reféns de civis inocentes, incluindo idosos

e crianças.” 

Segundo a nota, “estas ações constituem violações hediondas do direito internacional” e devem

ser respondidas com “responsabilização urgente”.

Ambos os lados cometem “crimes de guerra”

Os relatores especiais também condenaram “veementemente os ataques militares 

indiscriminados de Israel contra o já exausto povo palestiniano de Gaza, incluindo mais de 2,3

milhões de pessoas, quase metade das quais são crianças.” 

De acordo com os especialistas da ONU, “isso equivale a uma punição coletiva”.

“Não há justificativa para a violência que atinge indiscriminadamente civis inocentes, seja por

parte do Hamas ou das forças israelenses. Isto é absolutamente proibido pelo direito 

internacional e constitui um crime de guerra”, diz a nota.

Uma Força-Tarefa Emergência foi criada para explorar soluções para o abastecimento de água

potável nos abrigos da Unrwa, em coordenação com o Fundo das Nações Unidas para a

Infância, Unicef e o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha.

* Os relatores de direitos humanos são independentes das Nações Unidas e não recebem 

salário pelo seu trabalho.

Fonte:https://news.un.org/pt/story/2023/10/1821737?utm_source=ONU+News+-+Newsletter&utm_campaign=f6eaa6b7e2-EMAIL_CAMPAIGN_2023_10_14_05_06&utm_medium=email&utm_term=0_98793f891c-f6eaa6b7e2-%5BLIST_EMAIL_ID%5D 12-10-23

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