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Aiea/Martin Klingenboeck - Ação contou com o apoio de autoridades argentinas e de especialistas a
bordo do navio quebra-gelo “Irizar”
9
Outubro 2024 Clima e Meio Ambiente
Estudo realizado em bases argentinas na Antártida pretendia gerar
dados sobre os níveis de poluição plástica e suas fontes; preparação e análise
de partículas recentemente achadas podem levar até 20 dias para estudar apenas
uma amostra.
A Agência
Internacional de Energia Atômica, Aiea, anunciou o fim de uma operação que
mostra provas de poluição por microplásticos em lagos, nos litorais e no oceano
na Antártida.
A agência
que essas descobertas preliminares ilustram como a poluição plástica atingiu
todos os cantos da Terra e como os microplásticos ameaçam a saúde do oceano
global.
Análise
e resultados
Entre os
microplásticos encontrados nas amostras estão o politetrafluoroetileno, cloreto
de polivinila, polipropileno e tereftalato de polietileno.
A análise e
os resultados serão publicados e compartilhados com o Comitê Científico para
Pesquisa Antártica, um órgão interdisciplinar do Conselho Internacional de
Ciências que fornece consultoria científica ao Tratado Antártico.
A chamada
missão Antártida integrou a ação da Aiea para desenvolver a capacidade em
laboratórios em todo o mundo desde janeiro. O objetivo era gerar informações sobre os
níveis de poluição plástica e suas fontes.
Para
agência da ONU, este meio do monitoramento de microplásticos marinhos é um
passo essencial para o avanço na meta mais ampla visando desenvolver uma rede
global de acompanhamento da situação marinha.
A
iniciativa denominada Nuclear Tecnology for Controlem Plastic Pollution, Nutec
Plastics, foi a primeira missão de pesquisa científica da Aiea para a
Antártida. O lançamento foi feito pelo diretor-geral da agência, Rafael Mariano
Grossi, e pelo presidente da Argentina, Javier Milei.
Bases
argentinas na Antárctica
A ação
contou com o apoio de autoridades argentinas e de especialistas a bordo do
navio quebra-gelo “Irizar” à expedição realizada entre bases antárticas
argentinas de Marambio, Esperanza e Carlini.
A equipe
composta por cientistas da agência da ONU e da Argentina usou os laboratórios
de bordo do Irizar para preparar amostras para análise nos Laboratórios de Meio
Ambiente Marinho da Aiea em Mônaco.
O
conhecimento sobre as tecnologias e os protocolos nucleares que podem ser
aplicados no ambiente antártico também foram compartilhados.
ONU/Eskinder Debebe - Aiea Afirma que essas descobertas preliminares ilustram como a poluição plástica atingiu todos os cantos da Terra
A
iniciativa Nuclear Tecnology for Controle of Plastic Pollution usa ferramentas
e tecnologia provenientes da energia nuclear para combater a poluição global
por plástico em duas frentes.
A primeira
é a aplicação das novas tecnologias para melhorar a reciclagem de plástico. Já
a segunda concentra os recursos para monitorar a poluição plástica no oceano
que é o destino da maior parte dos resíduos do material.
Monitorar
a poluição plástica
A
apresentação foi feita em evento paralelo da 68ª Conferência Geral da Aiea em
que a Nutec Plastics revelou detalhes sobre o processo de desenvolvimento de
protocolos e análise de microplásticos.
O cientista
de Pesquisa da Aiea, Marc Metian, disse que embora a partículas tenham sido
estudadas há alguns anos, tem se lidado agora com a presença de microplásticos
ainda menores do que os analisados nas anteriores.
Como
técnicas e protocolos que nunca foram harmonizados para microplásticos do
tamanho atual, a testagem, o desenvolvimento desses métodos e sua aplicação
pode levará um tempo significativo.
De acordo
com o especialista a preparação e a análise podem levar até vinte dias para
apenas uma amostra.
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