Rio de Janeiro (RJ), 28/10/2025 - Dezenas de corpos são levados por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil Não há como invocar a expressão ‘Estado Democrático de Direito’ enquanto o mais elementar dos direitos, o de existir, permanece suspenso nas favelas. Por AMARÍLIS COSTA Enquanto isso, 132 casas amanhecem mais vazias no Complexo da Penha. E, nessa máquina de moer gente, morrem também os policiais — homens pobres, filhos de mulheres que choram do mesmo lado da trincheira. Não existe vencedor numa guerra em que o povo perde. Sangramos todos nós. E, ainda assim, o país não parou diante da pilha de corpos. A cena de guerra não esvaziou o ponto de ônibus. Como diria a canção de Criolo, retomamos as atividades do dia: lavar os copos, contar os corpos e sorrir esta morna rebeldia. Criolo, poeta da sobrevivência, escreveu sem saber que seu refrão seria prenúncio. No Rio de Janeiro, moradores da Pe...
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