dom, 21 de dez de 2014
Candidata
desfila em novembro de 2013 em concurso de beleza em Cartagena, Colômbia
Com desfiles e exibições dos atributos
físicos femininos, os concursos de beleza discriminam a mulher e são sexistas,
considerou a Assembleia municipal de uma cidade dos Pampas argentinos, que
decidiu proibir eventos deste tipo.
A
medida foi adotada pelos vereadores de Chivilcoy, 160 Km a oeste de Buenos
Aires, uma cidade situada em meio a verdes campos cultivados de soja e que tem
uma população de 60.000 habitantes.
"Estes
concursos de beleza entre meninas, adolescentes e jovens reforçam a ideia de
que as mulheres devem ser valorizadas e premiadas exclusivamente por sua
aparência física", diz o texto da lei, aprovada por ampla maioria.
A
casa legislativa é controlada pela peronista Frente para a Vitória, no poder em
nível federal, e a iniciativa é a primeira do tipo adotada em uma cidade
argentina.
Os
concursos para eleger a mais bela se baseiam em "estereótipos, promovendo
assim, em muitos casos, uma verdadeira obsessão pela beleza física, por um
ideal de perfeição que nunca se alcança", prossegue a resolução.
Os
parlamentares consideraram, inclusive, que os concursos "desatam doenças
como bulimia, anorexia e outros transtornos alimentares".
"A
beleza não é um fato objetivável. Portanto, qualificá-la e organizar um cenário
de competição é uma situação discriminatória e violenta", acrescenta a
norma.
No
lugar do concurso, os legisladores aprovaram que a festa municipal de Chivilcoy
seja substituída por "uma convocação que reconheça pessoas de 15 a 30 anos que, de forma
individual ou coletiva, tenham se destacado em atividades solidárias, com
vistas a melhorar a qualidade de vida de bairros desta cidade ou localidades de
campanha".
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