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O vírus mpox
(laranja) infecta células mostradas em verde
Brasil é
o segundo país com mais casos da doença também conhecida como
Mpox; Américas lideram regiões com 43,8% de todas as notificações,
seguidas da África e Europa.
A
Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que a varíola M, ou Mpox,
segue uma ameaça à saúde pública com um total de 97.208 casos e 186 mortes em
117 países. O balanço é do período entre 1º de janeiro de 2022 e 30 de abril
deste ano.
A agência
chama a atenção para o evoluir da situação com a confirmação de mais de 3,1 mil
casos em nível global desde o início de 2024.
Brasil
Em abril
passado, as Américas reuniam 43,8% dos infectados de todo o mundo. A seguir
estavam a África com 29,9% e a Europa com 20,6%. Maio registrou cerca de 600
pacientes em 26 países e um aumento na região africana.
Já o
Brasil, com 11.212 pacientes, é o segundo país com mais casos e aparece a
seguir aos Estados Unidos. As 10 nações com o maior número global de
ocorrências reúnem 32.820 pacientes.
No terceiro
lugar da lista dos países com mais registros de varíola está Espanha, e depois
Colômbia, França, México, Reino Unido, Alemanha, Peru e China. Juntos, estes
países representam 80,8% dos casos relatados globalmente.
Infecção de
HIV
A África do
Sul teve “um surto significativo” de Mpox devido à variante clade IIb. Desde
abril, as autoridades confirmaram 13 ocorrências e duas mortes de pacientes que
tinham a infecção de HIV em estágio avançado e estavam internados.
A agência
defende que embora viver com HIV não seja um fator de risco para Mpox, as
pessoas com sistemas imunológicos debilitados correm maior risco de ficar
graves e morrer.
A OMS
apoiou a África do Sul em medidas de resposta imediata ao surto com informações
para profissionais de saúde e pessoas em risco, além da promoção da vigilância,
do rastreamento de contatos e do atendimento clínico para pacientes.
A agência
disse estar avançando rapidamente para a etapa de fornecimento de recomendações
de vacinação para as comunidades sul-africanas em risco.
Transmissão
através de contato sexual
A República
Democrática do Congo é marcada por um grande surto devido à variante clade I do
vírus. Neste ano, o país “teve 9.291 casos clinicamente compatíveis e 419
mortes com uma alta taxa de letalidade de quase 5%”.
As crianças
congolesas têm sido particularmente afetadas pela varíola M e as taxas de
mortalidade são ainda maiores. A OMS anunciou a ocorrência de casos de uma nova
cepa do vírus clade I na província oriental de Kivu do Sul com transmissão
sexual que chegou a cidades como Goma, em Kivu do Norte, num acampamento de
deslocados internos.
Outras
nações africanas que relaram novos casos da doença são a República do Congo e
Camarões. Para a OMS, o continente precisa de uma nova abordagem em meio à alta
de casos da varíola M. Nesse processo é recomendado fazer “intensas
investigações e esforços de acompanhamento para determinar as causas por trás
do ressurgimento”.
Infecções
sexualmente transmissíveis
A agência
da ONU recomenda o uso de vacinas para pessoas em risco de contrair a doença
adquirida através do contato próximo com um infectado, especialmente pele a
pele.
A agência
recomenda ainda que sejam integrados os serviços contra a Mpox nos atuais
programas contra infecções sexualmente transmissíveis para interromper os
surtos e eliminar a transmissão entre humanos.
Em áreas
endêmicas, a OMS busca entender melhor como o Mpox se espalha e a atuação com
os países visa “melhorar a vigilância e fornecer protocolos e ferramentas de
investigação” para abordar essa questão.
Além disso,
a agência pede prioridade dos países para a atribuição de recursos para
vacinação, tratamento e iniciativas de saúde pública para grupos de risco para
um combater efetivo a ameaça à saúde pública.
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