Pular para o conteúdo principal

7 motivos que fizeram ‘Ainda Estou Aqui’ ganhar o 1º Oscar da história do Brasil

 

Walter Salles, diretor de 'Ainda Estou Aqui', exibe o primeiro Oscar conquistado pelo BrasilDaniel Cole/Reuters — 2.mar.2025

 

Longa de Walter Salles levou o prêmio de Melhor Filme Internacional neste domingo (2)

Cinema de Segunda|Lello LopesOpens in new window - 03/03/2025 -

 O Brasil finalmente tem um Oscar para chamar de seu. ganhou a estatueta de Melhor Filme InternacionalAinda Estou Aqui na noite deste domingo (2), em uma noite histórica. O longa de Walter Salles concorreu ainda em outras duas categorias: Melhor Atriz, com Fernanda Torres, e Melhor Filme.

Esta foi a quinta vez que um longa brasileiro disputou o Oscar de Melhor Filme Internacional. Além disso, o país também concorreu em outras categorias, com destaque para Cidade de Deus, que foi indicado a quatro prêmios. Entretanto, nunca havia vencido.

capa do filme "Ainda Estou Aqui", que conta a história de Rubens Paiva, uma das vítimas da ditadura militar no Brasil

Cinema de Segunda conta agora os 7 motivos que levaram a esse feito histórico.

1 - Ainda Estou Aqui é um filme excelente

Nada seria possível se Ainda Estou Aqui não fosse muito bom. E o longa de Walter Salles é excelente. A direção sensível, a produção cuidadosa e o roteiro bem amarrado servem como base para que o elenco possa brilhar.

2 - Fernanda Torres é uma força da natureza

A atriz é muito lembrada por seus papéis cômicos na televisão, mas também tem uma base excelente no drama (afinal, ela é filha de Fernanda Montenegro). Fernanda Torres, inclusive, já ganhou uma Palma de Prata de Melhor Atriz no Festival de Cannes, por seu trabalho em Eu Sei que Vou te Amar, de 1986.

3 - Uma história que precisava ser contada

O Brasil tem muitos problemas em encarar o passado, e o que aconteceu na ditadura militar está entre eles. A história do desaparecimento e morte do ex-deputado Rubens Paiva já era conhecida, mas a de Eunice Paiva, que teve que se reinventar para cuidar dos cinco filhos enquanto procurava o marido, mantinha-se distante do grande público. E que história!

4 - A campanha perfeita

De nada adianta ter um bom filme nas mãos se ele não é visto pelos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que entrega o Oscar. E a campanha feita pela Sony Pictures, distribuidora internacional do longa, foi perfeita. Ainda Estou Aqui cresceu no momento certo, atingiu o coração dos votantes e conquistou as históricas três indicações.

5 - A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro

O grande ponto de virada foi o Globo de Ouro. Ainda Estou Aqui tinha sido bem recebido no Festival de Veneza, onde ganhou o Leão de Prata de Melhor Roteiro. Mas foi com o surpreendente prêmio de Melhor Atriz em Drama no Globo de Ouro que o filme atraiu a atenção internacional e realmente virou um possível ganhador do Oscar.

quin es Fernanda Torres

Michael Buckner

6 - As polêmicas de Emilia Pérez

Mesmo assim, Ainda Estou Aqui era um azarão. Afinal, o seu principal concorrente, o francês Emilia Pérez, recebeu inacreditáveis 13 indicações ao Oscar. O filme já estava recebendo críticas pelo jeito como retratou o México e a comunidade trans, mas naufragou mesmo quando postagens preconceituosas recentes da protagonista Karla Sofia Gascón ressurgiram na internet.

7 - A torcida brasileira

Foi mesmo um verdadeiro clima de Copa do Mundo. O público brasileiro adotou o filme, seja na bilheteria, com mais de 5 milhões de espectadores, seja nas redes sociais. E o barulho chegou à Academia e à imprensa estrangeira, deixando Ainda Estou Aqui em evidência.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Fonte: https://entretenimento.r7.com/prisma/cinema-de-segunda/7-motivos-que-fizeram-ainda-estou-aqui-ganhar-o-1-oscar-da-historia-do-brasil-03032025/ acessado em 03-03-25

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Santo Antônio de Lisboa define sua Corte para o Carnaval 2025

Contratos 6×1: a cara do Brasil que trabalha demais e ganha de menos

 Ao menos dois terços dos empregados formais no País estão submetidos a seis dias semanais de trabalho, muitas vezes com salários que não ultrapassam dois mínimos mensais POR MARCELO SOARES - 18.11.2024 Manifestantes se reunem em protesto pelo fim da jornada de trabalho 6 x 1, na Cinelândia, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil   Ao passar por um supermercado no próximo final de semana, observe as pessoas que estarão trabalhando. Todas provavelmente cumprem a escala 6×1, que exige dedicação de seis dias por semana. Mais de dois terços dos trabalhadores formais no país estão submetidos a essa rotina, muitas vezes com salários que não ultrapassam dois salários mínimos mensais. A escala 6×1 se tornou um dos temas mais debatidos nas redes sociais depois que a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) começou a coletar assinaturas para pautar a tramitação de uma proposta de emenda à Constituição que busca a extinção da escala. A pressão foi tanta que até o direitoso...

Estudo revela existência de microplásticos ainda menores na Antártida

© Aiea/Martin Klingenboeck - Ação contou com o apoio de autoridades argentinas e de especialistas a bordo do navio quebra-gelo “Irizar”   9 Outubro 2024   Clima e Meio Ambiente Estudo realizado em bases argentinas  na Antártida pretendia gerar dados sobre os níveis de poluição plástica e suas fontes; preparação e análise de partículas recentemente achadas podem levar até 20 dias para estudar apenas uma amostra. A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, anunciou o fim de uma operação que mostra provas de poluição por microplásticos em lagos, nos litorais e no oceano na Antártida. A agência que essas descobertas preliminares ilustram como a poluição plástica atingiu todos os cantos da Terra e como os microplásticos ameaçam a saúde do oceano global. Análise e resultados Entre os microplásticos encontrados nas amostras estão o politetrafluoroetileno, cloreto de polivinila, polipropileno e tereftalato de polietileno. A análise e os resultados serão publicados e compart...