ONU
Mulheres Colombia - Marcha
pelos Direitos da Mulher durante os 16 dias de ativismo na Colômbia
Dados
reunidos pela ONU ressaltam que houve aumento de 50% na última década na
quantidade de mulheres vivendo perto de conflitos armados; crise climática,
polarização política e misoginia também são pontos de preocupação. 7 Março 2025
No marco do
30º aniversário desta importante plataforma de ação, a ONU Mulheres afirma que
guerras e outras formas de crise se intensificaram, com aumento de 50% na
quantidade de mulheres vivendo em estreita proximidade com conflitos.
Emergência
climática e polarização
Além disso,
a emergência climática continua crescendo, com 54% dos países afirmando que
essa é uma barreira para o progresso.
A ONU
Mulheres adiciona que a polarização política é outro fator preocupante que
torna o risco de retrocessos em igualdade de gênero cada vez mais
elevado.
O
relatório Direitos das Mulheres em Revisão 30 Anos Depois
de Pequim,
publicado nesta quinta-feira, mostra que, em 2024, quase um quarto dos governos
avaliados relatou retrocessos nos direitos das mulheres.
Isso inclui
ameaças crescentes, níveis mais altos de discriminação, proteções legais mais
fracas e menos financiamento para programas e instituições que apoiam e
protegem as mulheres.
ONU
Mulheres/Rossana Fraga - Mulheres no Brasil destacam a importância do acesso ao esporte
Progressos
notáveis
O
levantamento se baseia em informações fornecidas por 159 governos ao
secretário-geral das Nações Unidas.
Em relação
a progressos, o documento ressalta que a paridade foi alcançada na educação e a
mortalidade materna caiu em um terço.
A
representação das mulheres nos Parlamentos mais do que dobrou e os países
continuam a remover leis discriminatórias, com 1.531 reformas legais entre 1995
e 2024 em 189 países e territórios.
Preocupação
com aumento da misoginia
Apesar dos
avanços importantes, apenas 87 países já foram liderados por uma mulher. No
ambiente digital, a inteligência artificial, IA, continua espalhando
estereótipos prejudiciais.
Em relação
à violência, uma mulher ou menina é morta a cada 10 minutos por um parceiro ou
membro de sua própria família.
O
secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que em vez de integrar a
igualdade de direitos, “estamos vendo a integração da misoginia”.
Ele afirmou
que o momento é de “permanecer firmes” para tornar os direitos humanos, a
igualdade e o empoderamento “uma realidade para todas as mulheres e meninas, em
todos os lugares".
A diretora
executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous afirmou que "desafios complexos
impedem a igualdade de gênero” e adicionou que “a ambição e determinação” para
gerar mudanças não podem esmorecer.
Algumas
das recomendações do relatório são:
- Uma revolução digital para
todas as mulheres e meninas, garantindo a igualdade de acesso à tecnologia
para que elas possam liderar a IA e a inovação digital e garantir sua
segurança e privacidade online.
- Fim da pobreza com
investimentos em proteção social abrangente, cobertura universal de saúde,
educação e serviços de cuidados robustos, para que mulheres e meninas
prosperem.
- Violência zero: Os países devem
adotar e implementar legislação para acabar com a violência contra a
população feminina, em todas as suas formas, com planos bem financiados,
que incluam apoio a organizações comunitárias na linha de frente da
resposta e prevenção.
- Poder de decisão pleno e
igualitário: Medidas especiais temporárias, como cotas de gênero, que
provaram eficácia no rápido aumento da participação das mulheres, devem
ser adotadas.
- Paz e segurança: Financiar
plenamente os planos nacionais sobre mulheres, paz e segurança e ajuda
humanitária sensível ao gênero são essenciais. As organizações de mulheres
da linha de frente, muitas vezes as primeiras a responder a crises, devem
receber financiamento dedicado e sustentado para construir uma paz
duradoura.
- Justiça climática com
priorização dos direitos das mulheres e meninas na adaptação climática,
dando destaque para seu papel de liderança e garantindo que elas se
beneficiem de novos empregos “verdes”.
Fonte: https://news.un.org/pt/story/2025/03/1845891?utm_source=ONU+News+-+Newsletter&utm_campaign=6e6c095bb2-EMAIL_CAMPAIGN_2025_03_08_06_06&utm_medium=email&utm_term=0_98793f891c-6e6c095bb2-109018033
acessado em 08-03-25
Comentários
Postar um comentário