Pular para o conteúdo principal

Comissão especial do Senado aprova relatório a favor do impeachment de Dilma



Yahoo Notícias - 6 de maio de 2016
A comissão especial do Senado aprovou nesta sexta-feira o relatório a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Foram 15 votos a favor e cinco contrários ao parecer do relator, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que aponta a existência de elementos suficientes para a petista ser afastada e julgada por crime de responsabilidade. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), não votou sob a alegação de que, pelo regimento, só deveria se manifestar em caso de empate.
O resultado era previsível diante da minoria governista de apenas cinco membros no colegiado. Durante os trabalhos, autores da denúncia e a defesa de Dilma foram ouvidos, além de especialistas a favor ou contra o impeachment.

A votação foi eletrônica, mas antes os líderes puderam se posicionar. “O impeachment é um remédio amargo para punir o mau governante com seu afastamento”, afirmou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), pela oposição.
A petista Gleisi Hoffmann (PR) rebateu: os que votam a favor, segundo ela, são “golpistas da Constituição”. Discurso seguido pelo líder do governo, Humberto Costa (PT-PE). “Não há crime cometido pela presidente. O relator teve que se armar de uma lupa, fazer contorcionismo jurídico”, afirmou.
A presidente Dilma é acusada de editar, em 2015, decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e de usar dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas “pedaladas fiscais”.
Agora, o caso vai ao plenário do Senado na próxima quarta (11). São necessários os votos da maioria dos presentes na sessão para que o relatório seja aprovado e Dilma afastada por até 180 dias. Até agora, 51 dos 81 senadores já se manifestaram a favor da abertura do processo, conforme levantamento da Folha.
Foto: AFP

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As 20 mulheres mais poderosas do mundo segundo a Forbes

Saiba quem são as 20 personalidades mais influentes do mundo, de acordo com a revista Forbes. 1. Angela Merkel , 57 anos, chanceler da Alemanha, é considerada a mulher mais poderosa do mundo (e a 4ª pessoa mais importante do mundo, em uma lista que inclui os homens)! Ela controla o país com uma das economias mais importantes do mundo e é vista como a líder da União Européia. 2. Hilary Clinton , 64 anos, secretária de Estado dos Estados Unidos, é a segunda mulher mais poderosa do mundo. Ela ajudou a segurar a imagem e as relações do país em situações conturbadas, como a Primavera Árabe, o caso Wikileaks e a morte de Osama Bin Laden. 3. Dilma Rousseff , 63 anos, nossa presidente, é a terceira mulher mais poderosa do mundo. A revista Forbes destaca que Dilma passou seu primeiro ano de governo "limpando a casa", afastando ministros e outros parlamentares acusados de corrupção. 4. Indra Nooyi , 55 anos, é a chefe executiva da Pepsico e quarta mulher mais poderosa do mundo. El...

Santo Antônio de Lisboa define sua Corte para o Carnaval 2025

Javier Trampa e a universalização do golpe

  Presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Milken Institute Milei não é o Presidente da República Argentina metido em um golpe. É um golpista metido na Presidência.   Carta Capital - Por JOSÉ GUILHERME PEREIRA LEITE - 19.02.2025 – Opinião (ouça este conteúdo) Comecemos por onde se deve: Javier Milei não é o Presidente da República Argentina metido em um golpe. É um golpista metido na Presidência. E quem deve ser interpelado, judicialmente, são também seus eleitores, todos eles, pobres e ricos, altos e baixos, por exercício temerário do direito de voto. O filósofo Paulo Arantes deu a fórmula vocabular – e cômica – do problema em 2016, quando Temer começava seus enredos de Iago contra Dilma Rousseff: sim, é um golpe; sim, são golpistas; mas não pensem mais em golpe no sentido épico-revolucionário do XIX e do XX, com disparos de tanque, fuzil e fumaça. São golpistas rebaixados, chicaneiros, punguistas, batedores de carteira. São golpes de praça, golpistas de comar...