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Notícias - 10 de maio de 2016
Por 55 votos a e 22 contra, Senado abre
processo de impeachment de Dilma
Após sessão que durou o dia todo, adentrou a madrugada e terminou apenas
na manhã desta quinta-feira (12), o Senado Federal decidiu pelo afastamento da
presidente Dilma Rousseff (PT). O placar que levou à decisão foi de 55 a 22.
Com isso, o então vice Michel Temer assume a presidência da República.
A confirmação do
afastamento de Dilma, que pode durar até 180 dias, acontece após uma semana
tumultuada. Na segunda-feira (9), o presidente interino da Câmara, Waldir
Maranhão (PP-MA), anulou a votação dos deputados. Pouco depois, porém, voltou
atrás.
Ainda antes da
votação no Senado, o Planalto tentou suas últimas cartadas com apelação ao
Supremo Tribunal Federal. O STF, no entanto, também negou ao governo a anulação
do processo de impeachment de Dilma.
A sessão no
Senado foi bastante longa, mais ainda do que a votação no Congresso, realizada
no dia 17 de abril. Todos os 68 senadores aptos para votar fizeram seus
discursos, que tiveram duração máxima de 15 minutos — quase todos usaram a
totalidade do tempo.
Ao longo do dia,
o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou fazer com que alguns
congressistas abrissem mão do discurso integral para que o processo fosse
acelerado. Não houve consenso sobre a proposta e, por isso, ela sequer foi
votada pelos senadores.
Dilma Rousseff
foi eleita presidente da República para seu segundo mandato em 26 de outubro de
2014. À época, a petista venceu a disputa com o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
com a marca de mais de 54 milhões de votos recebidos.
Diante de uma
Câmara formada com maioria da oposição e a insatisfação popular por conta da
crescente crise econômica, Dilma teve quase nenhuma governabilidade em 2015,
primeiro ano do seu segundo mandato.
Ainda no começo
de 2015, mais de 2 milhões foram às rua no Brasil para pedir o impeachment da
então presidente. Mais adiante, Temer rompeu com Dilma e a petista viu toda sua
força política na Câmara sumir. Pouco depois, em 2 de dezembro do ano passado,
o então presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido
de impeachment.
Com o pedido
aceito, 2016 começou com muitas manifestações, tanto contra quanto a favor do
impeachment. Concomitante a isso, a Câmara analisava o pedido de impedimento
feito pelo ex-procurador de justiça Hélio Bicudo e os advogados Janaína
Paschoal e Miguel Reale Júnior.
Os três
utilizaram as chamadas “pedaladas fiscais” para afirmar que Dilma cometeu crime de improbidade administrativa. Na votação feita pelos deputados em
17 de abril deste ano, a então presidente sofreu derrota expressiva, com 367
votos favoráveis ao seu impedimento contra 137 contrários.
De acordo com
assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Dilma falará com a imprensa em
entrevista coletiva que deverá acontecer por volta das 10h (horário de
Brasília) desta quinta-feira (12).
Um dos cotados à
Casa Civil no novo governo, o ex-ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS) afirmou que
Temer deverá falar com a imprensa também na quinta, em pronunciamento no qual
provavelmente irá também anunciar sua nova equipe.
Fonte: http://radiobrasildigital.com.br/;
https://br.noticias.yahoo.com/senado-decide-pelo-afastamento-de-dilma-rousseff-093439097.html
12-05-16
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