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CNA - Mecon . UdeMM: Cartilha de sobrevivência para estrangeiros no Brasil


a) Veja as recomendações de um jornalista brasileiro para aquelas pessoas que visitarão o Brasil para o Mundial de Futebol e tente explicar o por que delas.
b) Elabore uma cartilha semelhante com as dicas que você daria para um estrangeiro que visitasse a Argentina.

c) Confronte as semelhancas e diferenças culturais entre os dois países que derivem das duas cartilhas.

Cartilha de sobrevivência para estrangeiros no Brasil

Por Guy Franco  – 10-06-14

A poucos dias da Copa do Mundo, vários países já lançaram cartilhas de como sobreviver no Brasil.

Na cartilha do governo japonês, por exemplo, recomenda-se que os turistas desloquem-se em grupos e que evitem lugares desertos e sair à noite. Também aconselha os japoneses a serem discretos (ou seja, que mantenham-se japoneses) e que deixem câmeras fotográficas e smartphones fora de vista (ou seja, que deixem de ser japoneses).



Já a cartilha da revista da FIFA™, lançada há alguns meses, além de dar dicas de segurança, informa que no Brasil não se fala espanhol e que um estrangeiro nunca deve dizer que a capital do país é Buenos Aires ou ele será deportado. No que eles estão certos, ficamos irritadinhos com isso, mas não sejamos hipócritas - qualquer europeu loiro, para um brasileiro, é alemão, mesmo que ele seja belga ou dinamarquês; como qualquer asiático de olhos puxados é japa, mesmo que ele seja coreano; ou qualquer barbudo do oriente médio é árabe, mesmo que ele seja iraniano.



Para complementar as cartilhas da FIFA™ e do governo japonês, escrevi alguns itens dos quais senti falta e que, acredito, poderão ajudar os turistas estrangeiros a se manterem vivos por aqui:

- Dependendo da cidade onde se hospedar, prefira o transporte público aos táxis. Mas se for pegar um táxi, nunca pague adiantado. Dica: fale mal do PT e poderá ganhar de 5 a 10% de desconto com os taxistas.

- No Brasil é considerado uma ofensa guardar uma opinião para si. E é comum que brasileiros puxem assunto no transporte público. Faça amizades. Troquem perdigotos. Expresse uma opinião sobre qualquer polêmica do momento, mesmo que não entenda nada sobre o assunto. Brasileiro é meio surdo, fale alto. Contribua com o barulho do ônibus.

- Fique atento quando der esmolas. Nem tudo que se parece mendigo é mendigo mesmo, muitos são apenas estudantes de humanas - certifique-se de que não há nenhuma faculdade com curso de história ou ciências sociais por perto. Dar dinheiro para um pedinte no Brasil é o mesmo que dar pinga para ele. Em vez de carregar moedas trocadas, procure andar com pinga no bolso.

- Não retire da natureza nenhum souvenir como plantas, pedras, pedras de crack, cogumelos ou cápsulas deflagradas de fuzil. E evite comprar produtos suspeitos, principalmente de senhores barbudos que se chamam Aloísio ou Lindenberg ou Champinha.

- Não experimente o açaí. Vai por mim, não vale a pena, tem gosto de terra. Dê preferência às frituras típicas, como o pastel de feira, o acarajé, a coxinha e o bolovo.

- Dica: elogie o PT e poderá ganhar de 5 a 10% de desconto em empreiteiras, construtoras e Friboi.

- Nunca vire a cabeça para nenhum “Ei, psiu”.

- Nunca vire a cabeça para nenhum “Moço, tem cheddar na sua camiseta”.

- Embora os biquínis brasileiros sejam os menores do mundo (você sabia que “depilação brasileira” se chama apenas “depilação” no Brasil?), fique atento, pois topless é proibido e dá multa.

- Não coma pizza no Rio de Janeiro.

- Tome banho diariamente (é um hábito tipicamente brasileiro).

- Itens fundamentais para uma viagem ao Brasil: cartão de débito, cadeados, álcool gel, pinga (para os pedintes), dollynho (para as crianças pedintes), livros, biquínis, celular, celular antigo ou quebrado (para entregar aos assaltantes), garrafinha de água com gás.

- Não alimente os brasileiros.

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